quarta-feira, 22 de agosto de 2007

E a Saúde no Estado? Como fica?


Saúde Pública sempre foi uma das questões mais difíceis de serem resolvidas no Ceará. A crise vem se agravando a cada ano. Para os especialistas no assunto, o caos que se instalou em estados vizinhos pode ocorrer nas unidades de saúde do Ceará. A falta de investimento seria a principal causa. O resultado? A superlotação dos hospitais de emergência.
Se a população não consegue atendimento básico nos municípios, vai buscá-lo nos hospitais de média complexidade. Como essas unidades não possuem especialistas, a saída é procurar hospitais terciários, como o Instituto Dr. José Frota (IJF) e o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) que já estão superlotados.
Que o diga o Secretário de Saúde do Estado que não descartou que o Ceará venha a enfrentar crise na saúde a exemplo de outros estados do Nordeste. Já se fala até em “Pré-apagão” da saúde, diz João Dilmar da Silva, presidente da Associação dos Prefeitos e Municípios do Estado. Quem também teme essa situação é o Presidente do Conselho de Secretários Municipais da Saúde do Ceará. “A situação da saúde é extramente grave e corremos o risco de ver aqui o quadro que se verifica em Alagoas, Pernambuco, pois somos um Estado pobre também.
O diretor de emergência do IJF, Romel Araújo, diz que 80% dos problemas de saúde deveriam ser resolvidos na atenção básica. Já que isso não ocorre o resultado continuará sendo a superlotação nos grandes hospitais, diz Romel.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, no dia 21 de agosto desse ano, 150 mil exames e consultas especializadas aguardavam agendamento. “Se não houver investimento na média complexidade e na atenção básica (postos de saúde), os paciente vão continuar nas portas do IJF e HGF”.


Fonte: Jornal O Povo, caderno Fortaleza - Saúde, p. 6, dia 22 de agosto de 2007.

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