Blogjornalismo

Escrever para jornais, revistas, rádios e outras mídias, os estudantes de comunicação, digamos que estejam um pouco mais habituados a fazê-los. E escrever para essa nova onde chamada de blogjornalismo? Como escrever? Que palavras usar? São várias perguntas que todos fazem a todo instante. É tudo muito novo. No início, o blog trazia uma concepção de um “diário íntimo”, e hoje ainda é assim, e no decorrer do tempo, com a vinda do webjornalismo, esse diário passou a dar lugar à informação, à notícia.

Mas não necessariamente os termos que se usam em blogjornalísticos devem ser iguais, ou terem os mesmo formato dos jornais impressos. No impresso temos uma linguagem mais aprofundada dos fatos. Isso não quer dizer que no blogjornalístico não se tenha a mesma profundidade.

É que a mesma notícia dada no impresso pode ser “postada” de uma forma muito mais sucinta e clara num blogjornalístico. Vou dar algumas dicas que podem lhe ajudar um pouco:

- Um texto deve ser curto e objetivo. E veja bem: texto curto não quer dizer que você irá deixar de colocar informações para que ele fique pequeno. E sim colocar a notícia da forma mais clara.
- Mas o texto tem que ser sempre curto? Não! Se optar por isso, crie subtítulos para que o leitor não canse facilmente. A leitura no monitor cansa muito rápido.
- Use uma idéia por parágrafo.

Essas e outras dicas são importantes para se ter um bom blogjornalismo.

A interatividade pode ser considerada um das ferramentas mais importantes. Essa possibilidade que o leitor tem de se comunicar com o jornalista ou até mesmo comentar matérias torna o blog mais interessante. O uso de hiperlinks onde podemos suitar matérias, vídeos, gráficos animados. Tudo isso tornando o blogjornalístico um diferencial.

Procure se informar mais sobre blogsjornalísticos ou até mesmo, quem sabe, crie o seu. Visite blogsjornalísticos como o do Ricardo Noblat, Luis Nassif etc. Analise o que puder. Faça essa experiência.

Análise: portal, webjornal e blog

No portal Terra temos os títulos das matérias destaques sempre acompanhadas de um antetítulo dando já uma prévia do que contém na matéria. As manchetes são escritas em negrito para chamar mais a atenção do leitor. Nem sempre a foto de destaque tem uma manchete para a mesma.

No site do jornal Diário do Nordeste tem a foto principal, mas nem sempre o título tem alguma relação com a mesma. As editorias são colocadas nos antetítulos. As manchetes são acompanhadas por “abres” que dão uma leve idéia do que virá na matéria. A presença de “coordenadas também fazem parte da estrutura das notícias.

O diferencial nos blogs, como por exemplo, o do jornalista Eliomar de Lima é que as manchetes já são acompanhadas das matérias. Não há somente título. O leitor já tem, de cara, a notícia. Manchetes sempre em negrito. Fotos para ilustrar também são usadas. Pode-se acompanhar o horário em que as matérias foram postadas. E claro, a interatividade leitor/jornalista com espaços para comentários.

E a Saúde no Estado? Como fica?

Saúde Pública sempre foi uma das questões mais difíceis de serem resolvidas no Ceará. A crise vem se agravando a cada ano. Para os especialistas no assunto, o caos que se instalou em estados vizinhos pode ocorrer nas unidades de saúde do Ceará. A falta de investimento seria a principal causa. O resultado? A superlotação dos hospitais de emergência.
Se a população não consegue atendimento básico nos municípios, vai buscá-lo nos hospitais de média complexidade. Como essas unidades não possuem especialistas, a saída é procurar hospitais terciários, como o Instituto Dr. José Frota (IJF) e o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) que já estão superlotados.
Que o diga o Secretário de Saúde do Estado que não descartou que o Ceará venha a enfrentar crise na saúde a exemplo de outros estados do Nordeste. Já se fala até em “Pré-apagão” da saúde, diz João Dilmar da Silva, presidente da Associação dos Prefeitos e Municípios do Estado. Quem também teme essa situação é o Presidente do Conselho de Secretários Municipais da Saúde do Ceará. “A situação da saúde é extramente grave e corremos o risco de ver aqui o quadro que se verifica em Alagoas, Pernambuco, pois somos um Estado pobre também.

O diretor de emergência do IJF, Romel Araújo, diz que 80% dos problemas de saúde deveriam ser resolvidos na atenção básica. Já que isso não ocorre o resultado continuará sendo a superlotação nos grandes hospitais, diz Romel.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, no dia 21 de agosto desse ano, 150 mil exames e consultas especializadas aguardavam agendamento. “Se não houver investimento na média complexidade e na atenção básica (postos de saúde), os paciente vão continuar nas portas do IJF e HGF”.

Fonte: Jornal O Povo, caderno Fortaleza - Saúde, p. 6, dia 22 de agosto de 2007.

Diego Marques de Souza, aluno do curso de Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Fortaleza. Cursando o 7º semestre na disciplina de Oficina em Jornalismo. Este Blog tem o objetivo de exercitar todo o conteúdo abordado em sala de aula através de textos jornalísticos.